Em geral a terapia padrão consiste em cirurgia ou radioterapia para lesões precoces e terapia combinada para lesões avançadas. Todas as modalidades de tratamento, incluindo a cirurgia, radioterapia e quimioterapia podem afetar o estado nutricional.
Os pacientes com câncer de cabeça e pescoço têm um risco de desnutrição aumentado por várias razões, tais como: hábitos alimentares inadequados associados com consumo excessivo de álcool e tabaco, frequentemente observados entre estes pacientes.
Além disso, a localização do tumor provoca disfagia (dificuldade de deglutição), odinofagia (dor para engolir), trismo (dificuldade de abertura da boca) e alterações do paladar, resultando em uma diminuição da ingestão alimentar. A evidente perda nutricional nestes pacientes reduz a tolerância ao tratamento.
Portanto, a alimentação vai depender de com qual consistência o paciente consegue se alimentar. Se apresentar dificuldade ou dor para engolir, a alimentação deverá ser de consistência mais pastosa ou liquidificada, distribuída em 6 a 8 refeições ao dia e deve-se utilizar um suplemento nutricional oral caso as necessidades nutricionais diárias não sejam atingidas. Suplementos nutricionais são fórmulas produzidas com altíssimo teor de nutrientes em pequeno volume. São líquidos, prontos para beber e se apresentam em diversos sabores. Para saber mais, você pode acessar www.forticare.com.br. Se não conseguir tolerar a alimentação via oral e apresentar perda de peso, ou após grandes cirurgias, é importante tentar uma outra via de alimentação através de uma sonda nasoenteral ou gastrostomia.
O tratamento de radioterapia na região de cabeça e pescoço pode causar alguns efeitos colaterais agudos como diminuição da saliva (xerostomia), alteração do paladar (disgeusia), mucosite, dor para engolir (odinofagia), dificuldade de deglutição (disfagia) e trismo (dificuldade de abertura da boca), que se não forem tratados podem levar à perda de peso e várias consequências nutricionais importantes.
O primeiro passo é procurar ofertar o maior número de refeições ao paciente conforme a tolerância; ingerir pequenas quantidades de líquidos frequentemente; oferecer preparações mais úmidas e pastosas; enriquecer a alimentação com leite em pó, creme de leite, etc.
Se possível, utilize um suplemento nutricional específico caso não consiga atingir suas necessidades diárias e venha perdendo peso; avalie com seu médico e/ou dentista a necessidade de saliva artificial.
Alguns pacientes relatam que os doces de forma geral provocam mais secura na boca, se esse for o caso, evite por um período.
Os pacientes podem frequentemente apresentar perda de peso significante durante o tratamento, acarretando diminuição da qualidade de vida, da sobrevida e da tolerância ao tratamento.
Por esses motivos é muito importante ser acompanhado por um nutricionista, para que a alimentação seja adaptada as suas necessidades.
Se estiver perdendo peso, procure um nutricionista e avise o seu médico.